sábado, setembro 29, 2007

A Chaleira Gritante

Achei uma lan-house nessa cidade. Acredita N-isso?! Tem um frango em cima do meu gabinete, e a mesa do PC é feita de vime. O dono é um monge budista que diz ser o próximo Dalai-Lama. Cara, isso é muito divertido!

Um relato de um amigo meu, exímio caçador de Wanamingos. Cá foi:

"Estúpido. Hoje o clamor da massa inconveniente foi silenciado por um homem de terno. A língua rubra de vinho e sangue morre depois de um ataque de convulsões desenfreadas. Bate-se contra os dentes como um espelho de dois lados, refletindo sempre as costas de quem olha, nunca o rosto.
O sonho de todo paranóico esquizofrênico. Distribuia papeis com mensagens obscuras, levando a sério o termo de panfletagem subliminar. Pouco tempo os olhos viram-se para aquilo, como pequenos ratos num terraço de um prédio em chamas, prestes a pular para o doce asfalto. Mas só uma gravata se aproxima.
Era ele, não podia ser outra pessoa. Era aquele d'Eles, o que sabia o demais, ou pensava saber. E agora vinha calar justamente a voz que gritava sozinha. O único que tentava sair da linha, que corria com o vento e contra a correnteza. Era ali uma folha de papel em branco, que se sujava de sangue a custo de quê? Nada.
Aquele d'Eles quis calar o grito. Tentava suavizar o penetrante uivo de guerra, que quebrava as janelas e rachava as corretes nos crânios daqueles que ouviam muito e escutavam um pouco. Fez isso com palavras mansas, a princípio. Tentou suborno, oferecendo mais um lugar na multidão. E quando isso falhou, não hesitou em usar o punho, aberto como um sopro de verdade, como se tivesse o poder de juiz, juri e carrasco. Levou todos os papéis que antes voavam de mão em mão, por muitas vezes encontrando no chão o seu fim, e por algumas poucas se tornando a chave para libertar mais que fariam o mesmo um dia.
Porque aquele homem quis silenciar a voz mais baixa? Porque ele escolheu o grito que todos ignoravam? Porque o esforço em calar baboseiras que ninguém consideraria?
Se valia a pena ser calado, valia mais ser escutado. E a mentira escrita nos papéis começou a ganhar prova de ser verdade. E tentando neutralizar aquela conspiração ele só deu mais forças... Que a verdade seja escutada: o homem de gravata é o mais perigoso de nós. E por isso é o inimigo que devemos combater com mais freqüência. Pois a vitória de cada cem derrotas ainda se paga..."

sexta-feira, setembro 07, 2007

Arghmatisismo Avançado - 3ª Aula

Você sabe o quanto é-difício arranjar um Com-puta-dor no meio do buraco traseiro que despensa matéria fecal das montanhas Zuurie?
Bom, vou dizer-lhes... é muito, muito, muito, muito--

Arroz.

muito difícil.

Adendo 23º, parágrafo cinco: Todos aqui perantes devem lavar primeiro o pé esquerdo, sob pena de ter o pé direito cortado com uma faca de pão.

Isso não importa. Cá estou eu!
Estou na casa de um SIM-pático monge desertor, se é que podemos chamar este buraco de casa. Impressionante-mente ele tem conexão banda-larga via satélite de 4 Mb. Mal-dito!
Isso também não im-PORTA, cá estou o búfalo!

Tal monge, chamado pelo codinome Vitozinho_Totosão, também tem entre suas posses um arte-fato mágico de extrema potência. Uma bola oito mágica!!!
Sabe, aquelas que você pergunta, balança e espera aparecer uma respostinha vagabunda?!
Bom, desde que não me conheço por ser vivente, eu tenho certo azar com tais coisinhas demoníacas. Então decidi testar novamente o mal-logrado artefato luteriano.

I- Primeira pergunta do Reverendo Yyang.
-Vou comer arroz hoje?

Resposta: Duvido muito.

II- Segunda pergunta.
- Vou dormir numa cama com-fortável hoje?

Resposta: Não conte com isso.

IV- Terceira pergunta.
- Vou fazer sexo nas próximas 3 semanas?

Resposta: Sem chances.

Omega- Quarta pergunta.
- Você me odeia?

Resposta: Com certeza.

V- Quinta pergunta.
- Por quê?

Resposta: Tente mais tarde.

Após atirar categoricamente a coisa pela janela de tanta raiva, levo um tremendo e extremamente dolorido chute no saco. Era Vitozinho_Totosão me atacando por ter arremessado longe sua preciosa bola oito mágica.
Moral da história: Ele me expulsou de casa, não me deu comida e meu saco vai ficar doende tanto pelas próxima 3 semanas que duvido que possa usar meu companheirinho.
A pergunta que fica no ar é: E se eu não tivesse feito tais perguntas à bola oito mágica? Será que nada daquilo que ela disse teria acontecido? Será que ela mudou meu destino de propósito por me odiar? Será que meu destino era aquele de qualquer jeito, e se eu não a tivesse arremessado longe ele teria se cumprido por um meio diferente?

Poisé... Minhas viagens pelas montanhas Zuurie cada vez mais me surpreendem.